Acompanhei esses últimos tempos da sua batalha contra o câncer, período durante o qual aprendi a cultivar uma grande admiração por esse senhor de cabelos brancos, que se tornou para mim imagem de perseverança, destemor (mesmo quando o medo teimou em assaltá-los), otimismo, integridade (que tanto falta à nossa Mãe Pátria, nem um pouco gentil), simplicidade e amor pela vida.
Perdi minha avó em 2001, de câncer (linfoma), e em uma noite de fim de outono de 2008, uma variação dessa doença levou meu pai, deixando um buraco imenso sobre o qual eu só tenho uma certeza: a de que nunca será preenchido. Mas maior que ele só a certeza de que essas pessoas deixaram marcas profundas na minha existência pelo que me ensinaram: que viver não é só existir, é lutar para estar vivo.
A esses bravos, gigantes por sua própria natureza ingrata, que não desistiram de lutar, mas apenas chegaram até o fim de suas lidas, o meu reconhecimento e gratidão pelo legado que deixaram como seres humanos.
"End? This is not the end.
Death is just another path, one that we must take."
J.R.R. Tolkien.
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