quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

UMA RODADA DE FLASHES PRA GALERA!

Quando eu era pré-adolescente, tipo uns onze, doze anos, comecei a pedir a máquina fotográfica a minha mãe pra levar para a escola, e para as excursões que começavam a aparecer. Era uma máquina daquelas antiguinhas, que a gente colocava o filme de 36 poses (o mais caro), tirava as fotos, e no final esperava que ele viesse com umas poses a mais.

Sempre fui muito atraída por imagens, e eu adorava tirar fotos. De paisagens, dos amigos, de coisas aleatórias. Mas eu sempre tomava uns esporros por minhas realizações felizes da adolescência, porque afinal de contas, teoricamente, aqui em casa, uma máquina fotográfica deveria ser para tirar fotos de você mesmo: você com as paisagens, ou você com seus amigos. Aí eu pensava: "Quando eu crescer e trabalhar vou comprar uma máquina para eu tirar foto do que eu quiser."

Pois bem, há menos de dois anos consegui comprar minha primeira máquina digital. Sem consultar ninguém, comprei uma e me dei de presente de aniversário e me dei mal: a câmera era péssima. Depois que percebi que realmente minha aquisição não ia servir para muita coisa, me decidi a comprar outra melhor. Fiz pesquisas e me informei com gente entendida, e escolhi o modelo.

Segunda quando cheguei do trabalho e fui para a pousada onde estava hospedada, liguei a TV e estava passando o programa Roda Viva. Dois fotógrafos-jornalistas estavam sendo entrevistados e fiquei assistindo loucamente, a curiosidade brotando de cada poro. "Amanhã vou comprar uma máquina", pensei. E ontem consegui comprar minha câmera. E estou feliz por por começar mais uma etapa de fotos aleatórias do que eu quiser.


Só algumas poucas coisas têm o mesmo efeito em intensidade que a satisfação por uma meta cumprida! :D

domingo, 18 de janeiro de 2009

Fedor

Semana passada descobri que uma das traduções para o primeiro nome de Fiodor Dostoievski é, nada mais, nada menos que "Fedor". Pronunciado "Fé-dór", claro. Mas confesso que minha primeira leitura enxergou "Fêdôr". O notável autor de Crime e Castigo e Os Irmãos Karamazov deve ter se remexido na tumba.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Eu, Brigitte Bardot

Logo de entrada já digo que o título deste post é uma piada! HUAHEUAHE Não quero - nem posso! - me equiparar à diva francesa que fez sucesso nas telonas nos anos 50 ou 60. "Brigitte Bardot" é como me chama meu irmão do meio, quando estou usando óculos escuros. Diz ele que são "estranhos" (é o modo hermanístico de dizer "fashion").
Nesse verão me apaixonei pelo modelo wayfarer, originalmente lançado pela Rayban, há não sei quantas décadas, e que - mais uma vez - é o novo frisson do momento no mundo da moda.
Eles também usam:

Bob Dylan

Audrey Hepburn

Heath Ledger

Robert Pattinson e Kristen Stewart, Crepúsculo (Twilight)

Ezra Koenig, Vampire Weekend (L)




Post inspirado em: http://outofcapecod.blogspot.com/2008/07/wayfarers.html, blog de moda que fez uma boa coleta de usuários de wayfarers! ;D

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Flora X Floro

Encontre as diferenças entre os dois, porque as semelhanças já são muitas:

Flora Pereira
: assassina maluca; atira na irmã adotiva num teatro em São Paulo e foge em ambulância. Interpretada por Patrícia Pillar, casada com um político.




Floro Calheiros: [content supressed]; [content supressed], foge de hospital em Aracaju disfarçado de médico e usando peruca. Acusado de assassinato de político. É um político.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Curtas (ou "os primeiros dias de 2009")

Eba, 2009!
Foi-se 2008, graças aos céus.
Ontem, primeiro de janeiro, Aracaju apareceu três vezes no Jornal Nacional; achei engraçadíssimo! A primeira vez, na previsão do tempo; a segunda, mostrando o prefeito reeleito, Edvaldo Nogueira; a terceira, imagens da virada na praia. EEHH!

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E vão-se os anéis, ficam os dedos.
O conflito entre israelenses e palestinos vem se agravando a cada dia. "Situação de emergência crítica", diz a ONU. Centenas de mortos, entre israelenses e palestinos. Israel continua os ataques desproporcionais, e os palestinos pedem uma nova intifada, uma forte revolta contra os israelenses. Não vou analisar esse conflito aqui, agora. A propósito, ele não deve ser analisado de forma simplória (sem a devida contextualização). E cuidado, caros leitores, com as opiniões dos intelectuais a serviço dos impérios (conversa para postagens vindouras).

Segue um bonito poema de Sean O'Brien, publicado na edição de hoje do The Guardian [tradução livre]. Porque é uma capacidade exclusivamente humana ver as coisas pelo prisma da poesia, talvez um jeito que criamos para conseguir encarar nossas próprias mazelas...

Katyusha*

Katyusha, Katyusha,
Flecha de fogo:
O Reino Vindouro é
Acima ou abaixo?
Sufocado num túnel
Com morfina e pão,
Ou queimado nas ruínas
De um olival?
Katyusha, Katyusha,
Lança de desejo,
São aquelas pastagens,
Um bravo deserto rosa,
Ou devem ser uma prisão
Com pilares de fogo?
Katyusha, Katyusha,
Uma sepultura, ou uma rosa?
Katyusha, Katyusha,
Só Deus é que sabe.


* Katyusha são mísseis de bombardeio.

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Aquela operação Satyagraha fedeu. E sobrou pro diretor da ABIN, Paulo Lacerda: no finzinho de 2008, o sujeito foi exonerado do cargo para assumir um outro "recém-criado de adido policial da embaixada brasileira em Lisboa." Aham.

A propósito, "Satyagraha" é um neologismo inventado por Gandhi na sua luta pela libertação da Índia do domínio britânico durante a primeira metade do século XX. Significa "firmeza na verdade". Mas a tentativa brasileira foi louvável. ("Aham", dirá alguém com língua mais ferina que a minha).

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É. "Vão-se os anéis, ficam os dedos." Sabedoria popular. Muito sábia, por sinal.