Há algumas semanas atrás, quando ia, de carro, pro trabalho, parei num cruzamento.
Ora, este não era um cruzamente qualquer, apesar de ter semáforos, encruzilhadas e uma linha de trem. Parei, de fato; minha via deveria estar parada, e foi aí que vi uma cena que nunca sonharia nessa vida presenciar um dia.
O trem vinha vindo.
Ok, não era um daqueles vagões que adentraram o meio-oeste americano no século XIX, ou uma daquelas marias-fumaça estilo novela de época das seis, mas - caramba! - era o trem! Um vagonete com uns operários dentro, que vinha buzinando desde longe, já que ia passar pelo cruzamento por onde passam carros.
Quando pequena, morava perto dessa linha de trem. E quando o trem passava, no fim da tarde, a gurizada toda saía pra poder ver o trem da RFFSA (tive que aprender a dizer por extenso essa sigla nas antigas aulas de "Estudos Sociais" kkk), estampados com o símbolo da Nitrofértil apitando alegremente pelo meio do Siqueira Campos, saindo da Leste e indo para Riachuelo... Ou o raio que o parta.
Mas voltando à história: aquele trenzinho parou. Parou para os carros passarem. Veja bem, antigamente eram os carros que seguramente paravam para o trem passar. E naquele dia vi o trem parar para os carros passarem.
Sinto como se estivesse velha; ou não.
Talvez sejam só os tempos que estejam ficando mais modernos, vai saber...
As Vinhas Infinitas de Steinbeck
Há 8 anos
4 comentários:
E o trem parar, é ruim?
De fato, são os tempos modernos...
ps.: confesso que fiquei com medinho, pensei que você ia contar que o trem quase passou por cima do seu carro ou algo do tipo, rs
:*
Niterói não tem trem :(
e se tivesse, nunca iriam parar para os carros.
não que seja exatamente ruim, lu, é só... hã, diferente!
ps: vc anda assistindo mto filme de terror (?) kkkkk
xero :*
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